sábado, 2 de maio de 2009

Informações Gerais e Atendimento aos casos de Gripe Suína no Brasil

Tire suas dúvidas sobre a gripe suína
BBC Brasil

O que é a gripe suína? É uma doença respiratória que atinge porcos causada pelo vírus influenza tipo A, que tem diversas variantes. Algumas das mais conhecidas são a H1N1, a H2N2 e a H3N2.
O atual surto, que teve início na América do Norte, é provocado por uma versão mutante do vírus H1N1 capaz de infectar humanos e se propagar de pessoa para pessoa.

Quão perigosa é a gripe suína? Os sintomas da gripe suína em humanos parecem ser semelhantes aos produzidos por gripes comuns, sazonais. Esses sintomas incluem febre, tosse, garganta inflamada, dores pelo corpo, sensação de frio e fadiga. A maioria dos casos registrados até agora no mundo parecem ser brandos, mas no México foram registradas várias mortes.

Esta doença no México é um novo tipo de gripe suína? A Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmou que alguns dos casos registrados são formas não conhecidas da variedade H1N1do vírus Influenza A.
Ele é geneticamente diferente do vírus H1N1 que vem atacando humanos nos últimos anos e contém DNA associado aos vírus que causam as gripes aviária, suína e humana, incluindo elementos de viroses europeias e asiáticas.
Os vírus da gripe têm a capacidade de trocar componentes genéticos uns com os outros, e parece provável que a nova versão do H1N1 resultou de uma mistura de diferentes versões do vírus, que podem normalmente afetar espécies diferentes no mesmo animal hospedeiro.
Os porcos normalmente oferecem uma condição boa para que esses vírus se misturem.

O quanto as pessoas devem se preocupar? Quando um novo tipo de vírus da gripe aparece e adquire a capacidade de ser transmitido de pessoa para pessoa, é monitorado de perto para verificar seu potencial de gerar uma epidemia global, ou pandemia.
A Organização Mundial da Saúde advertiu que, considerados em conjunto, os casos no México e nos Estados Unidos podem gerar uma pandemia e afirma que a situação é séria.
Porém os especialistas dizem que ainda é muito cedo para avaliar completamente a situação. Atualmente, eles dizem que o mundo está mais perto de uma pandemia do que em qualquer época após 1968.
Ninguém conhece todo o impacto potencial de uma pandemia, mas especialistas advertem que poderia custar milhões de vidas em todo o mundo.
A pandemia de gripe espanhola, iniciada em 1918 e também causada por um tipo de vírus H1N1, matou 50 milhões e infectou 40% da população mundial.
Mas o fato de que em todos os casos registrados nos Estados Unidos os sintomas eram leves pode ser encorajador.
Isso sugere que a gravidade do foco no México pode ser resultante de algum fator específico ligado à localização - possivelmente um segundo vírus não relacionado que circula na comunidade. Outra hipótese é de que as pessoas infectadas no México podem ter buscado tratamento num estágio posterior da doença.
Também pode ser o caso de que a forma do vírus circulando no México seja ligeiramente diferente da registrada em outros lugares, mas isso só poderá ser confirmado por análises de laboratório.
Também há a esperança de que, como os seres humanos são normalmente expostos a formas do H1N1 por meio de gripes sazonais, nossos sistemas imunológicos já estão preparados para combater a infecção.
Porém o fato de que muitas das vítimas serem jovens aponta para algo incomum. As gripes sazonais normais tendem a afetar mais os idosos ou os bebês.

O vírus pode ser contido? O vírus parece já ter começado a se espalhar pelo mundo, e muitos especialistas acreditam que a sua contenção, numa era de viagens aéreas fáceis, deverá ser muito difícil.

A gripe suína pode ser tratada? As autoridades americanas dizem que duas drogas geralmente usadas para tratar casos de gripe, Tamiflu e Relenza, se mostraram úteis no tratamento de casos que aconteceram até agora.
Porém esses remédios devem ser ministrados nos estágios iniciais da doença para terem efeito. O uso desses medicamentos também torna mais difícil que pessoas infectadas passem o vírus para outros.
Ainda não está claro que efeito as atuais vacinas podem ter para oferecer proteção contra o novo tipo do vírus, já que ele é geneticamente diferente de outros tipos.
Uma vacina foi desenvolvida em 1976 para proteger os seres humanos de um tipo de gripe suína. Porém a vacina provocou efeitos colaterais graves, com mais mortes por causa da vacina do que por causa do foco de gripe.

O que eu devo fazer para me proteger? Qualquer pessoa com sintomas de gripe e que podem ter tido contato com o vírus da gripe suína, como aqueles que moram em áreas afetadas do México ou viajaram para o país, devem procurar ajuda médica.
Mas os pacientes não devem ir a clínicas médicas, para evitar transmitir a doença para outras pessoas. Em vez disso, elas devem ficar em casa e contactar seus serviços de saúde para receber recomendações.
Nesta segunda-feira, a União Europeia recomendou aos seus cidadãos que evitem viajar às áreas afetadas pela doença.

Que medidas posso tomar para evitar a infecção? Evite contato com pessoas que parecem não estar bem e que tenham febre e tosse. Medidas comuns para se evitar infecções e de higiene manual podem ajudar a reduzir a transmissão de viroses, incluindo a gripe suína em humanos.
Estas medidas podem ser simples como cobrir a boca e o nariz quando tossindo ou espirrando, usar um lenço de papel quando possível e jogando-o fora logo após o uso.
É importante também lavar as mãos frequentemente com água e sabão para evitar que o vírus se propague de suas mãos para a face ou para outra pessoa. Outra providência é limpar a maçaneta de portas com frequência, usando produtos normais de limpeza.
Ao cuidar de uma pessoa gripada, o uso de máscara cobrindo o nariz e a boca diminui o risco de transmissão.

É seguro comer carne de porco? Sim, não há evidência de que a gripe suína pode ser transmitida ao se comer carne de animais infectados.
Mas é essencial que a carne tenha sido cozida direito. Uma temperatura acima de 70°C mataria o vírus.

E a gripe aviária? O tipo de vírus da gripe aviária responsável pela morte de algumas centenas de pessoas no sul da Ásia nos últimos anos é diferente do da gripe suína.
O vírus da atual gripe suína é o H1N1 e o da gripe aviária é oH5N1.Especialistas temem que o H5N1 tem o potencial de gerar uma pandemia por causa de sua capacidade de mutação rápida. Mas até agora, ela permanece de forma geral uma doença de pássaros. Os humanos infectados, sem excessão, trabalhavam em contato próximo com pássaros e casos de transmissão entre humanos são extremamente raros. Não há indícios de que o H5N1 tem a habilidade de ser transmitido facilmente de uma pessoa à outra.
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Brasil tem 51 hospitais para casos de gripe suína; 0800 tira dúvidas

O Ministério da Saúde divulgou a lista de 51 hospitais espalhados por todos os Estados do país e no Distrito Federal preparados para atender eventuais casos de gripe suína, que já matou 22 pessoas no México e avança por diversas partes do mundo. No país, o governo federal monitora 13 pessoas com sintomas de gripe suína.
Atendentes do Disque Saúde do Ministério da Saúde foram treinados para tirar dúvidas da população sobre a doença. O número é o 0800-61-1997.
A escolha dos 51 hospitais obedeceu ao critério de referência. Eles recebem esse nome pois possuem estrutura para detectar de forma precoce os sintomas da doença, estabelecer tratamento e isolamento se necessário. Veja abaixo a relação dos hospitais.

São Paulo
Em São Paulo, o governo estadual definiu oito unidades. Esses pontos ficarão de prontidão para identificar casos, avisar a CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica) e coletar materiais para exames. Se necessário, estarão disponíveis 150 leitos para isolar os pacientes. O Ministério da Saúde não soube informar quantos no país podem estar disponíveis para o mesmo fim.
Os exames serão feitos no Instituto Adolfo Lutz. Nesta segunda-feira a Secretaria Estadual de Saúde enviou a todas as secretarias municipais de Saúde do Estado uma norma para lidar com pessoas que apresentem sintomas típicos da doença.
Dos 150 leitos disponíveis numa eventual pandemia, 60 possuem pressão negativa --considerados de "segurança máxima". Dos 60 leitos enquadrados dessa forma, 27 estão nos três hospitais de São Paulo, sendo 16 só no Emílio Ribas.
0800
Ontem o governo federal informou que atendentes do Disque Saúde, o 0800-61-1997, receberam treinamento para atender os pacientes.
A reportagem da Folha Online ligou para o serviço. Uma voz gravada informa brevemente o que é o Disque Saúde, dá as opções ao interessado --enumeradas de um a seis e que incluem tanto como parar de fumar, reclamações sobre preços e programas na área de saúde do governo federal.
O item dois oferece informações sobre doenças. Nela existe a possibilidade de falar com o atendente para saber sobre outras doenças não elencadas na gravação. Somente depois de alguns minutos a atendente pergunta o nome do interessado e qual informação ele deseja. Ao ser questionada sobre a gripe suína, ela lê as recomendações já divulgadas pelo Ministério da Saúde para quem irá viajar.

Sintomas
A gripe suína é uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A, chamado de H1N1. Ele é transmitido de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, com febre superior a 38ºC, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal.
Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha vírus, e examinadas em laboratório.
Os antigripais Tamiflu e Relenza, já utilizados contra a gripe aviária, são eficazes contra o vírus H1N1, segundo testes laboratoriais, e parecem ter dado resultado prático, de acordo com o CDC (Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos).

Hospitais de referência
AC
Hospital Geral das Clínicas de Rio Branco (Rio Branco)
AL
Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (Maceió)
AM
Fundação de Medicina Tropical (Manaus)
AP
Hospital de Clínicas Doutor Alberto Lima (Macapá)
BA
Hospital Otávio Mangabeira (Salvador)
CE
Hospital Universitário Walter Cantídio (Fortaleza)
Hospital São José de Doenças Infecciosas (Fortaleza)
DF
Hospital Regional da Asa Norte (Brasília)
ES
Hospital Universitário Cassiano Antonio Moraes (Vitória)
GO
Hospital de Doenças Tropicais (Goiânia)
Hospital Materno Infantil (Goiânia)
MA
Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (São Luiz)
MG
Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (Belo Horizonte)
MS
Santa Casa de Misericórdia de Campo Grande (Campo Grande)
MT
Pronto Socorro Municipal de Cuiabá (Cuiabá)
PA
Hospital Universitário João de Barros Barreto da Universidade Federal do Pará (Belém)
PB
Hospital Universitário Lauro Wanderley (João Pessoa)
PE
Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (Recife)
Instituto Materno Infantil de Pernambuco (Recife)
PI
Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela (Teresina)
PR
Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (Curitiba)
Hospital Universitário Regional do Norte do Paraná da Universidade Estadual de Londrina (Londrina)
Hospital Ministro Costa Cavalcanti (Foz do Iguaçu)
Hospital de Trabalhador da Secretaria Estadual de Saúde (Curitiba)
RJ
Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (Rio de Janeiro)
Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (Rio de Janeiro)
RN
Hospital Gizelda Trigueiro (Natal)
RO
Centro de Medicina Tropical de Rondônia (Porto Velho)
RR
Hospital Geral de Roraima (Boa Vista)
RS
Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas (Pelotas)
Hospital Nossa Senhora da Conceição (Porto Alegre)
Hospital de Clínicas de Porto Alegre, da UF do Rio Grande do Sul (Porto Alegre)
Hospital Universitário de Santa Maria (Santa Maria)
Hospital Geral de Caxias do Sul (Caxias do Sul)
Associação Hospitalar Beneficente São Vicente de Paulo (Passo Fundo)
Hospital Santa Casa de Uruguaiana (Uruguaiana)
Associação de Caridade Santa Casa do Rio Grande (Rio Grande)
SC
Hospital Nereu Ramos (Florianópolis)
Hospital Infantil Joana de Gusmão (Florianópolis)
Hospital Regional Lenoir Vargas Ferreira (Chapecó)
SE
Hospital de Urgência de Sergipe Governador João Alves Filho (Aracaju)
SP
Hospital das Clínicas da Unicamp (Campinas)
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP (Ribeirão Preto)
Hospital de Base da Fundação Faculdade de Medicina de S. J. do Rio Preto (S. J. do Rio Preto)Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (São Paulo)
Hospital São Paulo da Universidade Federal de São Paulo (São Paulo)
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de São Paulo (São Paulo)
Hospital de Infectologia Emilio Ribas (São Paulo)
Hospital Estadual de Bauru (Bauru)
Hospital Guilherme Álvaro (Santos)
TO
Hospital Geral de Palmas Doutor Francisco Aires (Palmas)

Fonte: Ministério da Saúde

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